terça-feira, 4 de novembro de 2008

Continuação 2

PARTE 3

Princípios básicos do raciocínio geológico

Catastrofismo – as grandes modificações ocorridas seriam devidas a grandes catástrofes pontuais

Uniformitarismo – transformações resultaram do somatório de pequenas, lentos e repetitivos (cíclicos) fenómenos naturais.


3 princípios do uniformitarismo:


1. As leis naturais são constantes no espaço e no tempo
2. Deve explicar-se o passado a partir do que se observa hoje, isto é, as causas que provocam determinados fenómenos no passado são idênticos que provocam o mesmo tipo de fenómenos no presente – principio do actualismo ou principio das causas actuais, que pode resumir-se na seguinte frase: “o presente é a chave do passado”
3. As mudanças geológicas são cíclicas.

Neocatastrofismo –
defende que o planeta Terra se vai alterando à vista de processos naturais lentos, mas que, ocasionalmente, sofre alterações profundas.

Mobilismo Geológico – Tectónica de placas
Alfred Wegenem – 1910 – Dizia que no passado houve um super continente – Pangea
Baseou-se nos seguintes argumentos:
Geográficas (morfológicas): as linhas de costa de alguns continentes encaixavam.
Paleontológicas: estudo dos fósseis. Encontrou – se fósseis comuns em vários continentes que agora estão muito afastados.
Geológicas (litologicas): Encontrou-se estruturas geológicas e rochas tipo perfeitamente idênticas
Paleoclimáticas: Evidências de glaciações há 300 M.a.. Regiões com um determinado clima possuem vestígios indicadores de um clima diferente no passado.

Apesar destas evidências a teoria foi rejeitada, porque Alfred não explicou como é que os continentes se deslocavam e não falaram mais nestas teorias. Este homem morreu e as suas teorias foram esquecidas.


Anos 50 – ressurgiu a teoria
Usou-se as sonares e descobriu – se um ambiente geologicamente mais activo do que se pensava.
Descobriu-se:
- Maior fluxo térmico (emanado calor do interior, movimentação calor)
- Forte actividade sísmica e vulcânica

Anos 60 – Geognologia (rochas dos fundos oceânicos eram cada vez mais jovens conforme se aproximavam da dorsal
Paleomagnetismo – rochas que guardam um registo magnético do campo vigente em sua formação (permite saber a localização anterior do continente)

1963 – Vine e Matheus
Bandas de rochas “normais”, alternado com rochas magnetizadas inversamente.

Magnetismo varia – cíclico

Que forças possibilitam a movimentação das placas tectónicas?

As correntes de convecção são um fenómeno que ocorre devido ao calor que é produzido pelo núcleo terrestre, o que gera a subida de massas quentes no manto, enquanto que as mais superficiais que estão mais frias descem. Forma-se assim um género de "tapete rolante" que arrasta as placas litosféricas.
Os limites das placas podem ser:


Convergentes – ocorrem quando duas placas se movem uma em direcção à outra, formando uma zona de subducção (se uma das placas mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem uma contra a outra).

ð Crusta oceânica – Crusta continental:
- Subducção da crusta oceânica porque é mais densa
- Enrugamento da crusta continental com formação de montanhas
(vulcanismo, sismicidade, formação de fossas)


ð Crusta oceânica – crusta oceânica
- A crusta oceânica mais antiga é subdutada porque é mais densa, por estar mais fria ( e tem mais sedimentos)
- Verifica-se a formação de ilhas vulcânicas
(sismicidade, vulcanismo, formação de fosseis)


ð Crusta continental – crusta continental
- Verifica-se calvagamento da crusta continental menos densa sobre a crusta continental mais densa (provavelmente + fria e + antiga)
(sismicidade)

Divergentes – ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra.
ð Afastamento de placas com formação de nova crusta oceânica
ð Formam-se nos riftes oceânicos
(sismicidade, vulcanismo)


Conservativos – ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode ser direito ou esquerdo, consoante se efectue para a direita ou para a esquerda de um observador colocado num dos lados da falha. Ocorre na dorsal oceânica. (sismicidade)


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